Comissão Discute O Fim Do Exame Da Oab

Discussão em 'Direito Constitucional' iniciado por Léia Sena, 17 de Março de 2010.

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  1. Léia Sena

    Léia Sena Membro Pleno

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    A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) vai aprofundar os debates sobre a extinção do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Projeto de Leido Senado PLS 186/06, de autoria do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), estabelece que o ingresso no exercício da profissão de advogado deixa deestar condicionado à aprovação nesse exame. O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) é o autor do requerimento propondo a realização do debate sobre esse projeto, que tramita na CE.

    Deverão ser convidados para audiência pública sobre o assunto o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, e o coordenador nacional do exame da Ordem, Walter de Agra Júnior. A data ainda será marcada.

    Na justificativa do projeto, Gilvam Borges - que se encontra licenciado - argumenta que o exame é injusto, uma vez que uma grande quantidade de pessoas fica fora do mercado de trabalho, pois os índices de reprovação chegam a 70% do total de candidatos.

    O exame da Ordem foi instituído em 1994. O objetivo é selecionar, pela aferição de conhecimentos jurídicos básicos, os bacharéis aptos ao exercício da advocacia.
    Fonte: Agência do Senado
  2. IRON LAW

    IRON LAW Membro Pleno

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    Estou com o senador. O EO deve acabar!
  3. Ribeiro Júnior

    Ribeiro Júnior Membro Pleno

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    É um mal necessário! Só serei a favor do fim do Exame da Ordem no caso de ser apresentada uma boa alternativa. Mas qual?


    Att.,
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  4. Fabio Moron

    Fabio Moron Membro Pleno

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    Estou ainda buscando a carteira da Ordem. Infelizmente é um exame que está ficando cada vez mais difícil. Antes, a 2ª fase era com uso de doutrina e lei seca. No último exame, foi apenas liberado o uso da Lei seca. Fora que houve toda a fraude de Osasco.

    Eu não sou contra o exame, sei que preciso me preparar mais. Não creio na extinção do mesmo, senão com o início de algo novo.
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  5. Ribeiro Júnior

    Ribeiro Júnior Membro Pleno

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    Com lei seca não tem graça, amigo!
  6. SB Associados

    SB Associados Membro Pleno

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    Sou totalmente a favor do exame, o que eu acho que deveria acontecer, é um maior comprometimento da OAB com a advocacia., contratando empresas que aplicassem o exame com maior seriedade e moralidade, a CESPE aplica provas ridículas recheadas de erros, além do mais, defendo que todas as categorias deveriam ter exames especificos, Como Medicina, Direito,Ed. Fisica, enfim todos, cada vez mais surgem pilantras no nosso meio o exame de ordem pelo menos equilibra o jogo!

    SOU A FAVOR DO EXAME DE ORDEM !!!!!!!
  7. advgodoysp

    advgodoysp Membro Pleno

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    Eu sou a favor do Exame da Ordem, e da exata forma como está. Sou contra apenas à cobrança da "taxa de inscrição" (ainda é cobrada?).

    Há alguns dias li em algum lugar um texto de um bacharel afirmando que a OAB deveria cuidar de proibir a instalação de cursos sem qualidade ao invés de punir os bacharéis...

    Entretanto, a fiscalização de cursos me parece mais tarefa afeita ao MEC que à OAB. Seja como for, no final de 2009 foi efetivada a primeira supervisão especial de cursos de Direito, com a abertura de processos administrativos para o encerramento da oferta de vagas em quatro instituições.

    Obviamente estas medidas são insignificantes (atualmente existem em torno de 1.120 cursos de Direito no Brasil), mas vamos imaginar o que ocorreria se ao final de 5 anos todos aqueles bacharéis passassem a atuar.

    Em relação à consulta durante o exame: A regra geral deve ter sido aprendida durante o curso, a consulta deve servir apenas para "garantir" ou "recordar". O exame não é um trabalho acadêmico que se faz mediante consulta...

    Em relação à "Lei Seca"... realmente Dr. Ribeiro Júnior, não tem muita graça não...rs
  8. gustavocastro

    gustavocastro Membro Pleno

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    Sou contra o exame da ordem, mas caso em que se este não deixe de existir, que outras categorias profissionais também tenham.




    Posso estar até falando besteira (e muita) em levantar essa discussão, mas segue:

    É que nem a marmota da distribuição de royalties. Só o RJ tem direito? Manifestações ridiculas ocorrem na cidade, mas ninguém vê as necessidades dos outros Estados...
    É por isso que dizem que é a cidade mais bonita do Brasil.

    Jaboticaba e prerrogativa de foro, só aqui.
  9. advgodoysp

    advgodoysp Membro Pleno

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    Olá, Dr. Gustavo !

    Há uma tendência para que as outras profissões adotem esse tipo de avaliação.
    No caso dos médicos já existe um exame muito mais "complexo". Para ser especialista é necessário fazer Residência que é concursada, uma vaga para milhares de canditados.... Competição acirrada mesmo !
    Quem não consegue passar na Residência Médica tem que "dar plantão" e posteriormente passar por uma "avaliação" pra ver se está apto a ganhar um "título". Senão vira mesmo clínico geral (uma espécie de bacharel).

    Existem clínicos gerais excelentes, mas são clínicos gerais por opção, o que é bem diferente. Da mesma forma existem "bacharéis" por opção...

    Ainda em relação à medicina: Já há alguns anos o Conselho Federal de Medicina vem em um movimento tímido "sugerindo" a adoção de uma avaliação nos termos do exame da OAB. Aqui em São José do Rio Preto, a faculdade de medicina já iniciou o debate interno (seguramente já iniciado em todo o Brasil). Pelo menos por aqui, no Estado de São Paulo, a discussão está em fixar a competência para instituir este exame (uns alegam que é do CRM, outros alegam que é função do executivo)...

    Tenho contato direto com alguns membros da diretoria da FUNFARME (Fundação Faculdade Regional de Medicina) e posso garantir ao colega que muitos são os médicos que defendem a instituição deste exame e que se ainda não o fizeram é em razão da "buracracia" de decidir os termos da sua implantação.

    Este movimento deve estar ocorrendo na maioria das profissões (aquelas com maior grau de responsabilidade/interferência na vida alheia).
  10. gustavocastro

    gustavocastro Membro Pleno

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    Obrigado Dra. Godoy, mas comentei das categorias em geral. Foi o SBAssociados que suscitou no post anterior sobre a categoria dos médicos. Mas falando deles... Sei que não é fácil cursar medicina, continuar no curso, fazer residência e estudar, chegar no fim e ainda ter que disputar o mercado com outros e com os baixos salários, que diga-se de passagem são péssimos; não falemos só dos médicos coitados, que tem que sair da medicina e "se meter" na política pra ver se muda algo e acaba se desvirtuando no meio do caminho. Olhem as outras profissões.

    Não sei se é só em Fortaleza, mas o que vejo é uma quantidade de pessoas que se formam e vão no seu conselho tirar uma carteira pra ficar pagando mensalidades, para não poder exercer a profissão porque o mercado está saturado...

    Sempre ouvia nas cadeiras de direito constitucional o professor perguntar: para o Estado (parece até que é só pra "ele"), o que é mais fácil, fazer ou deixar de fazer?
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  11. advgodoysp

    advgodoysp Membro Pleno

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    Dr Gustavo, eu acho que quem deixa fazer é tão culpado quanto quem faz, mas não estou segura de que o não exercício da profissão (em razão do mercado estar "saturado") seja uma boa justificativa para o fim do exame.

    Veja bem: Em cinco anos (duração média de um curso) o mercado de trabalho não muda drasticamente, pelo menos não em relação aos advogados, médicos e algumas outras profissões. Esta mudança brusca de mercado somente ocorre com as "profissões da moda". Pois bem, quem escolhe ser médico (ou advogado ou qualquer outra profissão) já ingressa na faculdade sabendo (ou devendo saber) quais os "riscos de não exercer a profissão".

    Infelizmente há muitos colegas que não conseguem sobreviver do Direito, isto é fato. Mas há a opção de "suspender" a funcional...

    Costumo dizer que EMPREGO pode ser difícil, mas TRABALHO tem aos montes...e assim não acredito em "mercado saturado". É certo que falo de uma posição confortável (dez anos de atividade), mas quando iniciei já haviam muitos advogados atuando, e muitos que já tinham "desistido" de atuar.

    Outro ponto: se o fim do exame da ordem se basear em "mercado saturado", esta situação se agravará ainda mais... com a absurda quantidade de bacharéis que passarão a atuar indiscriminadamente...

    A concorrência não é algo que deva gerar preocupação (acredito piamente naquela história que há lugar para todo mundo), o que deve preocupar é a falta de qualificação dessa "concorrÊncia" e os danos iminentes para a população como um todo.

    Não acredito que um simples exame avalie o grau de capacidade para o exercicio de profissão alguma, seja ela qual for, sobretudo porque entre a teoria e a prática há uma diferença absurda. Mas enquanto não se pensar em outra forma de avaliação, opto pela permanência do exame.

    Por um momento cheguei a cogitar de uma espécie de "residência jurídica", tal qual a que ocorre com os médicos... Entretanto surge uma preocupação : se o estagiário pegasse só aquelas "buchas" pra resolver seguramente seu desempenho não seria muito bom, e aí o fator sorte passaria a ter mais importância que o conhecimento.

    Talvez uma habilitação profissional provisória, igual a da CNH ?! Acho que não...imagine o trauma de ser um "ex advogado"...ou ter a habilitação cassada...

    Não consigo imaginar uma forma de avaliação melhor que a atual (embora eu entenda que esta avaliação não seja a ideal), mas como bem lembrou o Dr. Ribeiro Júnior e outros colegas que aqui opinaram: enquanto não for apresentada uma boa alternativa (ou pelo menos melhor que a atual) sigo defendendo a existência do exame.
  12. IRON LAW

    IRON LAW Membro Pleno

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    Olá, Gustavo.
    Não achei muito legal você adjetivar de “ridículas” as manifestações ocorridas aqui no Rio. Elas são totalmente legítimas. Na verdade, eu diria que “ridícula” é a emenda Ibsen. Mas esse não é o tópico para discutir o porquê de minha opinião a respeito.

    O argumento que você usou, “ninguém vê as necessidades dos outros Estados...”, contém um raciocínio típico dos que defendem o EO.

    Veja só:

    Fato: é direito do Rio receber os royalties do petróleo em virtude desses recursos estarem sendo extraídos na costa fluminense (os paraenses, por exemplo, gostariam que a extração mineral feita em seu estado fosse dividida entre todos os demais? Há sentido nisso? Devemos também dividir o dinheiro da produção cearense de caju?). Ademais, há o direito adquirido em relação aos poços já em funcionamento.

    Sua alegação: “ninguém vê as necessidades dos outros Estados...”. Pergunto: qual o nexo causal entre os estados terem necessidades com o suposto direito de receberem dinheiro do petróleo produzido no Rio? Se os filhos de João têm necessidades alimentícias, eles podem pedir ao vizinho que supram essas necessidades? É exatamente esse o raciocínio apresentado por você.

    Eu disse que o seu raciocínio é típico dos que defendem o EO. Então veja a comparação:

    Fato: o EO é inconstitucional, é aferição de aferição (já discutimos isso longamente nos tópicos específicos).

    Alegação dos defensores do EO: “ninguém vê a necessidade de barrarmos os advogados mal formados?”. Pergunto: o que tem a ver essa necessidade de formar melhor os advogados com a aplicação de um exame com natureza bis in idem?

    De qualquer forma, os advogados que já possuem carteira jamais defenderão o fim do EO (eu sou uma das poucas exceções).

    Motivos:
    1- Com o fim do EO, a carteira de advogado perde status perante o público leigo. Em linguagem vulgar, não vamos mais tirar onda de inteligentes presumidos, de quem venceu um exame no qual só QIs privilegiados são capazes de passar.

    2- Com o fim do EO, a concorrência, que já é enorme, aumentará drasticamente (a Godoy deve ser uma das poucas que não se preocupam com isso).

    Desculpem a franqueza, mas é exatamente isso o que acho. Sou bastante idealista em minhas posições e as defendo mesmo sob risco de perdas pessoais. Eu também defenderia a distribuição do petróleo do Rio para todos os estados se achasse isso justo e lógico. Mas não acho. E essa posição nada tem a ver com minha condição de carioca e fluminense.

    Abraços.
  13. Ribeiro Júnior

    Ribeiro Júnior Membro Pleno

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    Jurava que o mar territorial pertencia à União. Mas isto é discussão para outro tópico! Este é para falarmos sobre o Exame da Ordem.

    E sobre o aumento de concorrência pós extinção do Exame da Ordem, não há que se levar em conta, pois o mercado foi feito para os melhores. Um profissional sem gabarito para passar numa simples prova provavelmente não terá capacidade de estabelecer uma boa fama enquanto advogado. O risco todo irá para os clientes que procurarão este profissional.


    Cordialmente,
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  14. Fernando Zimmermann

    Fernando Zimmermann Administrador

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    Isso está longe de ser um fato. Primeiro pelo mar territorial pertencer à União, como o Ribeiro falou. Depois, porque aplicar esse raciocínio da redução ao infinito levaria à conclusão de que o dinheiro pertenceria à região onde foi localizado petróleo, depois à cidade onde foi localizado, ao bairro, e por fim à vizinhança.

    O Exame de Ordem é importante método de aferição da capacidade do sujeito em bem defender e lutar pelos interesses de seus clientes. O vídeo resume o problema:

    [media]http://www.youtube.com/watch?v=sL0bCOJhoyE[/media]
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  15. Ribeiro Júnior

    Ribeiro Júnior Membro Pleno

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    Grande clássico, Zimmermann! Sou um verdadeiro fã desta vídeo-charge!
  16. IRON LAW

    IRON LAW Membro Pleno

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    Não há dúvidas de que o mar territorial e o subsolo (onde, aliás, localizam-se as jazidas dos estados produtores de minério) pertencem à União. Mas leiam o disposto no art. 20, p.1º, CF. E, se for o caso, abramos um tópico para discutir a questão.

    Eu e você sabemos que isso não é verdade. Caso contrário, marcas medíocres não fariam frente às grandes empresas. É fato que cada dona-de-casa compra o sabão em pó mais adequado ao seu bolso. Da mesma forma, cada potencial cliente jurídico contrata o advogado que pode pagar. Com uma penca de advogados cobrando barato (não por serem necessariamente ruins, mas por estarem querendo se firmar no mercado), os que cobram acima do proposto pela tabela da OAB começariam a perder clientes (assim como aconteceu com a advento da Lei 9.099. E foi uma chiadeira geral por parte dos advogados!).


    Charges com uma visão estereotipada e irreal não ajudam na argumentação. Eu apenas corroboro todos os argumentos expostos anteriormente (e foram muitos!).

    Aproveitando que estou dialogando com o administrador e um moderador, pergunto: qual o critério para aferição da reputação de um membro deste fórum? A minha, por exemplo, cai a cada resposta que dou (fui de 4 a 1 no intervalo de apenas um dia). Não estou dizendo que me importo com a opinião de quem quer que seja (e não me importo mesmo. Sou uma pessoa de bastante personalidade e que assume seus pensamentos). O problema é que:
    1- Eu não encontrei nenhum local onde eu possa votar na reputação de alguém, suscitando dúvidas de quem faça tal avaliação.
    2- Se a avaliação é realizada por outros membros, isso deveria ser feito às claras, sob pena de se legitimar a retaliação subreptícia contra aqueles que pensam diferente.
    3- "Reputação" é um termo perigoso. Qual seria, objetivamente falando, o significado do termo “reputação” neste fórum?
    4- Esses “pontos” podem induzir espectadores externos (e até mesmo internos) a tender para a opinião do membro mais pontuado, como se esse critério revelasse quem é o forista mais sábio, o de mais caráter, etc., o que, de maneira alguma, é verdade.

    Entendam as minhas colocações acima como uma crítica construtiva.
    Abraços aos dois.
    Lekkerding curtiu isso.
  17. Fernando Zimmermann

    Fernando Zimmermann Administrador

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    Olá Iron Law. Ao final de cada mensagem em um tópico, você verá os seguintes botões:

    [​IMG] [​IMG]


    [​IMG] Caso você clique no botão com sinal de positivo, você estará afirmando sua concordância e afirmando a relevância da mensagem de algum usuário. A cada clique nesse botão, um ponto é acrescido à reputação do usuário que o recebeu.

    [​IMG] Caso você clique no botão com sinal de negativo, você estará afirmando sua discordância e afirmando a irrelevância da mensagem de algum usuário. A cada clique nesse botão, um ponto é subtraído à reputação do usuário que o recebeu.



    O objetivo da reputação é apenas e tão somente aferir o desempenho do usuário, com base na avaliação dos demais usuários. Não implica de forma alguma dizer quem é o mais sábio, o de mais caráter etc.
    SB Associados e Léia Sena curtiram isso.
  18. Ribeiro Júnior

    Ribeiro Júnior Membro Pleno

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    Iron Law,


    Não é atacando um sistema correto de aferição do Fórum que você iria conseguir convencer alguém sobre a sua perspectiva no presente caso.

    Mas já que tocou no assunto. Todos podem votar sobre a reputação de um membro do Fórum Jurídico. A cada resposta dada, na parte inferior-esquerda do post há a opção de votar positivo ou negativo para aquela resposta. Assim é aferida a reputação interna de cada membro no Fórum, a partir do que cada um entende pelas respostas dele. O detalhe é para que você não pode votar em si mesmo, mas apenas ser votado pelos outros, tal como ocorre para os outros membros.

    Adiante, não vejo qualquer problema com o termo reputação, pois esta palavra diz o que realmente ocorre. Pois trata-se do somatório de pontos que o usuário acumula ao participar do Fórum Jurídico. Até mesmo, não entendo porque o colega tanto se preocupa, pois ao contrário da maioria dos membros atuantes deste Fórum, o colega usa um pseudônimo. Já eu, o Zimmermann, a Léia Sena, a Fabiana Godoy, dentre tantos outros, além de usarmos nossos nomes, lançamos também nossa imagem, nosso rosto, neste Fórum Jurídico, sem ter medo de defendermos nossas idéias juntamente com nosso nome e reputação. Se temos uma boa reputação perante a comunidade do Fórum Jurídico, isto é porque nossas resposta realmente ajudam uma boa parcela dos participantes. De sorte que não é pelo simples fato de estar tratando de um debate com um moderador ou com o administrador deste Fórum que faz você ter uma baixa reputação, mas sim o fato do colega não ter sua idéia aceita perante os demais usuários.

    Não veja com maus olhos, mas se o colega anda tão preocupado com sua reputação perante o Fórum Jurídico, aconselho a tentar colaborar mais. Eu mesmo, sempre que posso, estou participando dos debates e respondendo dúvidas, além de trazer julgados e notícias que julgo interessante. É por isto que tenho uma boa reputação, provavelmente é por isto também que fui convidado a ser moderador do site.

    O que não aceito e nunca aceitarei é a insinuação de que há manipulação de qualquer ferramenta deste Fórum. Seja de minha parte, seja por parte da equipe de moderação e edição, seja pela administração (a qual é brilhantemente desempenhada pelo Fernando Zimmermann, uma pessoa honrada, honesta e que posso chamar de amigo, graças a este Fórum). Ademais, a reputação de um usuário apenas está disponível para visualização na página do perfil de cada um. Não há tanta influência assim como o colega diz.

    Muitas vezes vejo-o como um Dom Quixote (no bom sentido, é claro) nos debates deste Fórum. Isto me causa bastante admiração à sua pessoa, pois defende suas idiossincrasias e argumenta muito bem. Mas nem todos são obrigados a pensar como você, por isto nós debatemos. Inclusive, penso que os tópicos mais interessantes do Fórum Jurídico são aqueles que você também participa, pois tem sempre uma discussão inteligente e bem argumentada. Mas não deixe esta sua posição como ás para lançar tais insinuações. Isto em nada acrescenta à sua imagem ou ao debate aqui travado.


    Cordialmente,
    Fernando Zimmermann curtiu isso.
  19. advgodoysp

    advgodoysp Membro Pleno

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    Retorno a este debate porque fui citada...Ao que tudo indica já já minha reputação vai cair uns dez pontos (rindo muito), não que eu me importe muito, mas é que gosto tanto da palavra "excelente"... estou pensando seriamente em pedir uma recontagem...rs
    Brincadeiras à parte, não tenho dúvida alguma em relação à idoneiadade deste Fórum, se o tivesse não teria me cadastrado.

    Em relação à concorrência: Conforme eu já disse: a concorrência sadia não me incomoda, acho mesmo que há lugar para todo mundo. Isto não significa, em hipótese alguma, que eu ache que o lugar de todos é "ao sol", concordo com o Dr. Ribeiro Júnior: Só há lugar para os melhores.

    O fato de um advogado em início de carreira cobrar uma quantia irrisória não o desqualifica para o mercado. Os termos "valor" e "preço", pelo menos pra mim, tem significados diferentes. Em início de carreira patrocinei Ações por R$ 50,00 (nos valores de hoje), este era o preço que eu cobrava, mas não o valor do meu trabalho, tanto assim que consegui formar uma clientela.

    Entendo que nesta e em qualquer outra profissão os degraus são avançados com o tempo e competência. Mal comparando: não acredito que um Damásio vá se preocupar com um advogado que acabou de obter a OAB. Somente os iguais concorrem entre si.

    Concordo com o Iron naquele parelelo com a dona de casa, cada uma compra o sabão de acordo com o seu bolso. Mas repito: Um advogado "Doce limão" não vai "roubar" a clientela de um advogado "OMO", são mundos diferentes, fases diferentes... Exceto aqueles casos em que a atuação profissional é herança de família (e a clientela já está formada antes do nascimento) entendo que todos nós devemos passar por todas as fases, incluindo (na verdade iniciando) pelo Exame da Ordem. E mesmo aqueles "bem nascidos" se não forem bons o suficiente serão substituídos por outros. A manutenção da clientela não é uma questão de concorrência e sim de competência.

    Mas veja bem: Não é porque um Doce Limão é mais barato que ele não presta, ou porque cobra menos poderá fazer menos...e aí entra a necessidade do INMETRO, no caso dos advogados o Exame da OAB. Os melhores, de uma forma ou de outra, sempre se destacam... Isso é assim desde o início dos tempos.

    Outro ponto: O Iron comentou algo sobre bis in idem. Vamos com calma: Não há uma dupla avaliação... na verdade esta discussão toda sobre o Exame da Ordem é exatamente porque a maioria das Faculdades não ensinam nada, consequentemente não avaliam corretamente, nem quando do ingresso no curso, muito menos quando da saída (colação de grau).
    Aqui em minha cidade tem uma Faculdade (não vou citar nomes para não melindrar ninguém) que basta a inscrição no "vestibular" e uma redação (sobre os temas mais absurdos), o resultado "sai na hora", quando a secretária pergunta a forma de pagamento da matrícula. A redação é feita ali mesmo, no sofá da secretaria.

    Se o "bis in idem" refere-se à dupla condenação do bacharel que cursou uma precária faculdade: Pior seria se a "pena" fosse aplicada a toda sociedade. Se for pra colocar as coisas nestes termos "é preferível sacrificar um em benefício de toda sociedade".
    Obviamente isto é um exemplo extremo, uma comparação absurda: o bacharel não é condenado a nada, apenas não receberá sua funcional.

    Por fim (e também só porque foi citado): O vídeo postado pelo Dr. Fernando Zimmermann não é irreal... Há um site (na verdade vários) que traz histórias reais de advogados (em início de carreira e, se Deus quiser, também no fim)... Advogado pedindo que o cheque seja Assustado, requerendo a citação do de cujos e por aí vai... Teve até juiz que em 2000 concedeu liminar para a parte adquirir um Bug modelo milenium...e olha que a parte só queria que na mudança do ano a energia elétrica de sua empresa não fosse interrompida pelo "bug do milenio"...rs...
    Imaginem como seria sem o Exame (acho que muitos destes vieram antes do exame).

    Em tempo: Eu só tenho um ponto, por favor não tirem...rs
  20. IRON LAW

    IRON LAW Membro Pleno

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    Oi, Ribeiro.

    Antes de mais nada, admito que minhas palavras no item 1 soaram muito mal. E me desculpo por isso.

    Mas dizer que ataquei o sistema de aferição do fórum como forma de fazer valer meu ponto de vista também é uma postura incorreta. Não é de meu feitio usar artifícios como esse. Uma discussão se baseia em argumentos e, por mais que os meus sejam dissonantes em relação à opinião da maioria, ninguém pode me acusar de não os ter. E de forma coerente. A questão do EO, para mim, é cristalina como água. Já discorri longamente a respeito nos tópicos adequados e tenho absoluta convicção do que falo. E tenho certeza de que - mais dia, menos dia – o malfadado e inconstitucional exame acabará. Mesmo com a OAB esperneando e com os advogados gritando que devemos barrar os maus profissionais.

    Voltando ao sistema de aferição de reputações, agora que o entendi passei a vê-lo ainda mais como algo pernicioso. Se não gosto de sua ideia, lasco-lhe um botão vermelho (mesmo que sua argumentação seja excelente). Se quero desqualificar um rival em contendas, lasco-lhe diversos botões vermelhos até deixá-lo com a pontuação negativada. Tudo depende da vontade e do equilíbrio do forista votante, que age secretamente.

    Se pensarmos bem, a questão da reputação nada tem a ver com afetar a imagem de alguém, mas afetar a adesão de novas ideias. Os defensores de entendimentos fora do comum certamente levarão uma série de cartões vermelhos dos mais tradicionalistas. Espectadores ou debatedores neutros ou novos sempre analisam o perfil daqueles com quem travam debates mais acirrados ou freqüentes. Isso é fato. Eu faço isso, você faz e todos fazem. Ao visualizarem o perfil daqueles interlocutores inovadores (e cheios de cartões vermelhos), poderão concluir equivocadamente: a reputação desse cidadão mostra que as ideias dele são pouco coerentes.

    Eu realmente não boto meu nome, OAB, endereço, telefone e foto à vista de todos (como, aliás, ocorre com a esmagadora maioria dos inscritos deste e de todos os fóruns do planeta). O legal de um fórum é justamente o anonimato, fazendo com que as discussões fiquem adstritas ao campo das ideias, não à honra de uma pessoa. Não estou julgando ninguém, mas o excesso de dados me parece uma forma de fazer do fórum uma vitrine, o que talvez contrarie as normas bitoladas da OAB. Sim, bitoladas. Outra ideia fora do comum que tenho é ser defensor da advocacia mercantilista. Não vejo problema algum em se fazer anúncios espalhafatosos em outdoors, em escrever frases como “advogado de Cristo” nos cartões de visita, em oferecer promoções do tipo “faça duas ações com o escritório X e ganhe uma de graça”, em se autodivulgar em fóruns, etc. Quem ganha com isso é o consumidor. Mas no Brasil sobriedade e ética = não mercantilismo. Então tá... Até parece que certos conselheiros da OAB não faturam uma grana preta com cursinhos preparatórios para o EO.

    Não quero abusar, mas gostaria de fazer um pedido ao Fernando, pois esse sistema de aferição de reputações realmente me causa grande antipatia. É possível que a janela relativa a esse item em meu perfil seja desabilitada, como também a possibilidade de eu votar em outros foristas? Não estou preocupado com elogios ou críticas à minha pessoa, muito menos em fazê-los aos outros desta forma. Só quero ter uma imagem neutra para que minhas ideias sejam avaliadas de forma idem. E se eu desejar elogiar ou criticar alguém, o farei diretamente, sem a necessidade de botõezinhos. Eu ficaria imensamente grato se tivesse esse pleito atendido.

    Fernando,
    a despeito de sua decisão, agradeço a mensagem com os devidos esclarecimentos sobre o sistema de aferição de reputações.

    Ribeiro,
    também lhe agradeço pela forma gentil como se colocou.

    Abraços.
    Léia Sena curtiu isso.
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