DESARMAMENTO

Discussão em 'Arquivos antigos' iniciado por odranoells, 20 de Setembro de 2005.

  1. odranoells

    odranoells Membro Pleno

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    Rio de Janeiro
    Olá a todos, faltando 9 dias para o inicio da votação do referendo, venho agradecer a todos que visitaram e colaboraram com este tópico. Consciente de ter procurado passar não somente a minha opinião, mas tambem informações que viessem a ajudar no esclarecimento de cada um, envio esta ultima mensagem sobre este tópico.


    Sejamos fortes sempre, NO PENSAMENTO, NAS NOSSAS CONVICÇÕES, NA BUSCA INCANSÁVEL PELO CONHECIMENTO, acima de tudo respeitando o direito dos que nos divergem.


    MUITO OBRIGADOOOOOOOOOOOOOOO!


    Att: Leonardo Lima


    :D :D :D :D :D :D :D
  2. demagogia

    demagogia Visitante

    Alguem pode explicar porque o srº Henry Sobel diz ser a favor do desarmamento?

    O povo de israel, quando perseguido pelo lunatico Hitler, tomou posse das terras que afirmam serem suas (não é este o mérito da questão), e para SE DEFENDEREM DE POSSIVEL REVANCHE, CRIARAM FORTALEZAS, ARMARAM-SE E INSTRUIRAM ATÉ MULHERES E CRIANÇAS A MANUSEAREM ARMAS DE FOGO. Graças as armas de fogo o seu povo conseguiu se manter no território e fundar seu país, o que o fez acreditar no desarmamento???????


    Jornal O GLOBO expõem em primeira pagina, reportagem sobre estudante que disparou uma das armas que carregava em sua mochila matando um colega de sua sala. o mesmo coloca toda a materia referente ao acontecido na página que está sendo destinada aos debates sobre o referendo do desarmamento. pelo pouco que sei todo meio jornalistico e orientado a agir com imparcialidade. A matéria sobre o universitário que foi morto por um "colega" que fez uso de uma FACA não obteve igual tratamento o que ouve?
  3. Guest

    Guest Visitante

    CONVITE À ANÁLISE DOS FATOS

    Não há como negar que o ideal por um Brasil sem armas é louvável e corretamente motivado. Não importa muito a disputada questão dos números, porque uma única vítima de arma de fogo já justifica a revolta contra sua existência.

    Mesmo os admiradores e colecionadores de armas, os praticantes de tiro e os amantes de filmes de violência devem admitir que, em prol da paz social, e sobretudo em prol da vida, a população deveria ser totalmente desarmada. Claro que incluimos aí os marginais e bandidos e não negamos que muitas armas legais são desviadas para servir aos seus atos criminosos. E aqui também não importam os números: basta uma única arma fatalmente desencaminhada para justificar a crítica.

    Bem, nesta hora em que o importantíssimo referendo se aproxima, importa também deixar de lado a propaganda mais apelativa e concentrarmo-nos no que tem de verdadeiramente prático nesta discussão sobre o que seria melhor escolher e votar. Pois se os problemas acima estão aqui reconhecidos, sendo que são tidos como favoráveis à opção do sim, o que restaria para ser contra a lei proposta? A resposta é bem simples. Responderemos no parágrafo abaixo e justificaremos a seguir, garantindo que argumentaremos respeitando seu tempo e sua inteligência, mas também esperando que você julgue livremente.

    A resposta é que a impropriedade não está nos problemas apontados acima, que são reais e devem, mesmo, ser resolvidos o quanto antes. A única impropriedade está NA MANEIRA como se está pretendendo resolvê-lo.

    Demonstraremos abaixo, talvez de modo inédito (devido ao enfoque mais prático), COMO a proibição da venda de armas de fogo é inadequada para resolver este terrível problema da população armada. Primeiramente apontaremos a impropriedade da proibição em si, passando depois ao problema da arma de fogo inserida no meio social em que vivemos.

    Quanto à proibição, faremos uma comparação da venda e uso de armas de fogo com a venda e uso de outros produtos, mas deixando previamente bem claro que não há paralelo perfeito em relação às armas, porque estas são fabricadas para matar. A comparação é apenas para efeito da impropriedade da proibição da venda de produtos potencialmente perigosos EM RELAÇÃO à sua necessidade. Veja se é o que você provavelmente já está imaginando.

    Os remédios, por exemplo. Seria ótimo se não precisássemos tomar remédios e vivessemos sempre em perfeita saúde. Remédios muitas vezes causam efeitos colaterais e também graves consequências devido à auto-medicação e à ingestão inocente por parte de crianças. Estes são males reais e que acontecem com frequência devido ao uso e ao mau uso de remédios. Mas o modo correto de evitar estes males não é a proibição da venda de remédios - e por um motivo triste, mas MUITO REAL: as doenças existem!

    Os fabricantes de remédios evidentemente lamentam os problemas que acontecem com seu uso. Como também lamentam os fabricantes de caixas de fósforos, os fabricantes de combustíveis, os fabricantes de automóveis, os fabricantes de ferramentas, os fabricantes de facas. Estes são apenas alguns exemplos de tantos produtos comercializados que são passíveis de serem mal utilizados e causarem fatalidades.

    Não há a menor dúvida de que se a venda destes produtos fosse proibida, o número de mortes causadas pelos mesmos diminuiria impressionantemente. Seria um número altíssimo, assustador, e LAMENTÁVEL. Um dia, certamente, assim esperamos, chegaremos a ter modos de fazer fogo que dispensem completamente o uso de fósforos, ou isqueiros; possivelmente teremos meios de trasporte que impeçam choques entre veículos; meios de fazer cortes que eliminem completamente a necessidade de facas.

    Esperamos, mais especificamente, que tenhamos meios de segurança pessoal e comunitária que dispensem totalmente a necessidade de defesa pessoal com armas de fogo. Um dia chegaremos lá. Você admite que existe a doença social? Sabe como curá-la? ADMITIRIA que talvez ainda não tenhamos uma solução direta e nem paliativa? O problema da lei contra a venda de armas é que ela NÃO vai diminuir a incidência de mortes causadas pelas mesmas - vai apenas alterar os meios, os eventos estatísticos, mas não o número deles. Veja por que isto é um fato.

    Em primeiro lugar, a arma é a ferramenta mais antiga da humanidade. Desde a simples pedra, o pau, o machado, a espada, o arco e flexa, sempre o homem utilizou-se destes intrumentos tanto para caçar quanto para defesa pessoal e de sua família. Defesa pessoal? Claro, sabemos como É o ser humano diante de situações de escassez. Como o grau de habilidade e sorte varia, sempre tivemos a situação clássica: você conseguiu o que eu não consegui - ou me dá ou dou-lhe uma machadada! E assim os homens trabalhadores aprenderam a manter suas armas bem perto de si, o tempo todo. Evitar ser surpreendido, não é mesmo? Eis um problema que sempre teve que ser encarado, e como não se descobriu algum meio alternativo de, ao menos, tentar evitar agressões, a posse de armas passou a ser um direito tacitamente reconhecido e também legalmente reconhecido como uma necessidade irrecorrível.

    É evidente que você, assim como qualquer pessoa inteligente que opine em favor da lei proposta, reconhece que há, mesmo, a necessidade de autodefesa; que é compreensível que se queira ter armas para ao menos atemorizar ladrões e assaltantes, MAS, contra-argumentam não ser este o problema, e sim O FATO de as armas legais serem desviadas para o crime, acrescido dos trágicos casos de acidentes envolvendo a posse de armas de fogo em casa.

    Corretíssimo. E, veja só: o PROBLEMA apontado, de fato É ESTE, dito acima! NÃO É o direito de se poder comprar armas, e sim as consequências deste direito. Repare bem: Um direito - uma instituição correta e útil em si mesma, reconhecida desde sempre - MAS que está com um problema atualmente, um problema crescente, que são efeitos trágicos associados a este direito.

    Por favor, reconheça que, sem sofisma algum, este é exatamente o exemplo da vaca com carrapato. A vaca é boa mas está com um problema: infestação de carrapato. A lei está SUPONDO SABER COM CERTEZA, que não há outro jeito, a não ser matar a vaca para poder acabar com os carrapatos. Supõe-se que o meio de acabar (ou diminuir) com o repasse das armas para os bandidos e acidentes outros, está na supressão do direito de comprar armas.

    Porém, enquanto vacas existem muitas, este direito é um só, e sua extinção é DEFINITIVA. Perguntamos ao caro leitor: Isto não é meio radical demais? SERÁ que traria um bom resultado? Se lhe parece que sim, não admite poder ser um engano? COMO vai desfazer o feito SE revelar ser um engano? É boa estratégia uma diretriz absoluta, sem recurso, sem plano B? Não é melhor pensar um pouquinho mais? Para que a pressa? Não lhe parece possivelmente precipitada uma decisão tão drástica e SEM VOLTA?

    Já afirmamos reconhecer o problema, que DEVE ser resolvido da melhor forma possível. Mas imagine o risco de propor a escolha por um sim ou um não repentino. Não acha que deveria ao menos ser concedido mais TEMPO para decidir algo tão definitivo?

    Vejamos agora, que riscos poderemos estar correndo com uma eventual aprovação da lei, demonstrando claramente, com o recurso único do puro bom senso (e não estatísticas), por que razão o maior EFEITO da proibição da venda de armas deverá ser o AUMENTO da violência, tanto em casa, quanto na comunidade. Claro que, como trata-se de uma previsão baseada no bom senso, e não numa bola de cristal, permanecerá sendo conclusão discutivel. Pois veja se pode descartar completamente os argumenentos seguintes, podendo assim apostar nisto a segurança da sua família.

    Afirmamos ser um fato histórico o de sempre ter havido escassez de recursos, diferenças pessoais e sociais pelo mundo todo, e que sempre houveram vítimas desta realidade: os miseráveis, os marginais, os ignorantes, os embrutecidos, os gananciosos, os quais frequentemente valeram-se do uso ofensivo das armas para assaltar e roubar. Esta é uma condição ainda existente e é a base do que constitui a injustiça social.

    Os desentendimentos familiares e comunitários raramente tem outra origem, senão na injustiça social. E no meio estão as armas de fogo, ferindo, matando, por conta destes desentendimentos. Mas, responda: quando alguém pega a arma que tem e atira para matar, é por que está calmo, tranquilo, feliz? Por favor, o argumento que precisamos agora é apenas sua reflexão sobre qual é o sentimento, a sensação, as emoções, de quem chega ao ponto de matar devido a um desentendimento.

    Dois termos que provavelmente bem descrevem o resultado de sua reflexão são: ÓDIO e DESESPERO. Não são apenas duas palavras: são cargas emotivas fortíssimas e altamente compulsivas, que todos procuramos evitar porque sabemos que nos fazem perder o controle da razão.

    Assim, perguntamos: o que faz alguém que não tem uma arma de fogo e está nesta fatídica condição emotiva, totalmente compelido a matar? Vai desistir, só porque não tem arma de fogo? Ou vai pegar uma caneta, uma faca, uma vassoura, uma tesoura, um cano, um estilete, uma pedra, uma chave de fenda, ou algum outro objeto potencialmente letal, e agredir sua vítima ATÉ verificar ter ela morrido? E que chance tal vítima teria de se defender de uma ataque repentino de alguém enlouquecido de ódio?

    Agora a questão decisiva: qual é a diferença de comportamento de um mesmo agressor em potencial, num mesmo caso de desentendimento, sendo ele numa hipótese possuidor de uma arma de fogo, e na outra hipótese não-possuidor? O que acreditamos envolver esta questão é que, quem tem duas possibilidades, tem a vantagem de poder escolher entre elas. Ora, sendo a arma de fogo um instrumento feito para matar e seu uso tão fácil, o intervalo de tempo em que a pessoa permanece exercendo auto-controle antes que o caldeirão emocional ferva de verdade É MAIOR. Duas pessoas que sabem estar desarmadas permitem-se partir para a briga muito mais rapidamente. Mas se há dúvida sobre se uma delas está armada, então há maior controle, discute-se mais tempo. Se ambas se sabem armadas, discute-se por mais tempo ainda.

    Se um familiar sabe que pode pegar sua arma para matar um outro familiar, ele tem muito mais certeza de poder matá-lo do que se não tivesse a arma, e portanto, do mesmo modo, é capaz de esforçar-se muito mais para conter suas emoções antes de partir para o assassinato. Além disso, tem tanto o recurso de matar, quanto o de agredir, bater, SEM o intuito de matar, assim descarregando sua raiva PARA evitar a atitude extrema.

    Portanto, o número de casos de brigas de fato, com ferimentos graves e mortes, tenderá a aumentar quando todos se souberem desarmados. O MOTIVO que dá muita certeza disto, é que o desarmamento NÃO cura a injustiça social. E os desentendimentos serão ainda mais frequentes, porque não haverá motivo para se ter paciência e autocontrole.

    Se esta questão lhe parecer realmente digna de mais consideração, passemos à questão dos acidentes caseiros com armas de fogo. Sempre se soube, universalmente, que armas de fogo são perigosas de manusear. Mas assim como podemos evitar acidentes com remédios, com fósforos, com facas, e outros perigos caseiros, assim também podemos evitar acidentes com armas de fogo. Se armas de fogo são realmente necessárias em nossa sociedade, sendo um mal menos pior que eliminá-las, o fato de serem perigosas não justifica a proibição de sua venda, mais que proibir a venda de outros produtos potencialmente perigosos.

    E deixamos por último a questão do repasse das armas legais para a marginalidade. Permita que repitamos: a doença social é um fato que está bem longe de ser resolvido com suficiência, seja pela insersão social, educacional, ou a eficácia generalizada da segurança pública. Os marginais não desaparecerão. Se for proibida a venda de armas, o número de marginais AUMENTARÁ! Como assim? Vindos de onde? Resposta: de seus antros, sejam quais forem. Eles já existem, apenas fazem furtos e negocios ilegais, porque roubar e assaltar casas é até mais perigoso que roubar e assaltar gente nas ruas. O porte de arma generalizado já é proibido há muito tempo. Mas em casa, muitos ainda têm armas. Atualmente, e ainda que sob efeito de drogas, apenas os que conseguem ser mais ousados, mais afoitos, ou mais desesperados, arriscam-se abordando casas. Mas assim que ficar sabido que pouquíssimos cidadãos possuem armas em casa, a verdadeira horda de covardes e oportunistas chegarão às nossas portas. E eles não vão precisar de nenhum fator surpresa. Não vão precisar nem de armas de fogo!!! E também não vão precisar arrombar nossas portas: vão mandar que as abramos!

    É pena, mas não dá para ARRISCAR ser idealista a ponto de simplesmente afirmar para nós mesmos que "arma significa violência". Sejamos ponderados. Arma sempre sempre significou sobrevivência! E, infelizmente, AINDA vivemos tendo que sobreviver.

    A não-violência, a paz social é o que todos nós mais prezamos, o que mais desejamos. Mas vamos exigir que se chegue a este resultado inteligentemente, levando a sério um projeto que efetivamente promova a justiça social, como tantos países fizeram e estão fazendo. Tenhamos cuidado com um idealismo impróprio, sem senso da realidade; cuidado com a possibilidade de uma proposta inconsequente, que poderá gerar ainda mais ferimentos, mortes e estímulo à bandidagem. Na verdade pensamos todos a mesma coisa. Apenas queremos o bem de nosso povo. Assim, nem precisamos mudar de opinião - precisamos apenas ter CUIDADO.
  4. Guest

    Guest Visitante

    Gandhi falou que a coisa mais terrível que os ingleses fizeram durante a ocupação da Índia foi o desarmamento dos cidadãos. Benjamim Franklin disse que quando os bandidos e os governantes tiverem propriedade de todas as armas, irão tomar as propriedades que quiserem...

    Eu realmente acho que a Humanidade terá que evoluir muito até o ponto de banir as armas. Quem sabe até lá deixarão de existir os maiores culpados pelos nossos problemas: políticos corruptos e alheios aos seus deveres com a população." (João Barone)
  5. lylyth

    lylyth Visitante

    por favor preciso de um tema e um problema para o assunto geral" o pos-positivismo como nova epstemologia do direito" para um projeto de pesqisa e n sei por onde começar e é pra amanha por favor me ajudem
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