Qual Língua A Mais?

Discussão em 'Fórum dos Neófitos' iniciado por WillGardner, 21 de Março de 2010.

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Qual língua a mais?

  1. Francês

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  2. Inglês

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    28.6%
  3. Italiano

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  4. Alemão

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  5. Outra.

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  1. WillGardner

    WillGardner Em análise

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    Antes, parabéns à todos pelo fórum. Depois que li um pouco nele, fiz meu cadastro pra poder participar.

    Sou estudante de Direito e estou no segundo período.
    Uma dúvida que tenho, é em relação ao curso de língua estrangeira que devo fazer.

    Alguma me ajudaria com estudos no Direito, digo no sentido de que alguns livros não sejam
    traduzidos e seja necessário a leitura dele. Em que língua estão os melhores livros?

    Conto com opinião de vocês.

    Abraço.
    Daniel Bronzi curtiu isso.
  2. Ribeiro Júnior

    Ribeiro Júnior Membro Pleno

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    Basicamente, seria interessante saber alemão, italiano, francês e espanhol. Sendo que nesta última, os termos jurídicos são bem semelhantes com o português.


    Boa sorte!
    Bruno Bandeira curtiu isso.
  3. Fernando Zimmermann

    Fernando Zimmermann Administrador

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    Toda a teoria do Direito divide-se basicamente em duas correntes: o Common Law, de origem anglo-saxônica, onde os precedentes têm papel de destaque como fonte do Direito; e o Direito Romano-Germânico, onde a lei tem papel de destaque e a jurisprudência é relegada a um segundo plano entre as fontes do Direito.

    O Brasil adota o sistema Romano-Germânico, razão pela qual, no Direito comparado, as principais obras encontram-se originariamente em alemão, italiano e espanhol.

    Sobre inglês, posso lhe falar de minha experiência. Sou fluente no idioma, e nunca tive que utilizar este conhecimento na área jurídica, de maneira que não recomendo o estudo dessa língua como auxiliar no estudo do Direito.

    Em razão do Mercosul, por se tratar da segunda língua mais falada do mundo, e por haver muita publicação jurídica no idioma, escolheria espanhol.
    Daniel Bronzi e Bruno Bandeira curtiram isso.
  4. WillGardner

    WillGardner Em análise

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    Agradeço pelas respostas.

    Fernando Zimmermann, falou sobre um assunto que é o que tava querendo saber dos usuários aqui. Do inglês.
    Vai pesquisar sobre línguas todos falam e tudo leva pro lado do Inglês.

    A principal dúvida é o quanto ele poderia me ajudar, mas pelo visto não teria uma função grande na área jurídica.
    Já que a finalidade da segunda língua é pra ajudar no curso de Direito.

    Estou quase decidido entre Espanhol e Italiano. O motivo do Italiano é o seguinte, tenho parentes na Suíça e o namorado
    de uma parente faz Direito na Italia. Eu faria Italiano pra um intercâmbio, já que tenho onde ficar e também tenho conhecido
    que estuda na área.

    Mas, vamos ver outras opiniões.
  5. roberto.klos

    roberto.klos Em análise

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    Primeiro, uma pequena correção ao meu colega Fernando Zimmermann que descobri ser equívoco apenas recentemente.

    Nosso direito é bizantino-germânico, muito embora em nossas cadeiras universitárias costumemos dizer romano-germânica.

    Quanto à lingua, veja bem, depende.

    O direito administrativo tem uma grande tendência francesa e italiana. Inglesa e americana nem pensar.

    O direito civil tem uma grande tendencia alemã e inglesa (ao meu ver)

    O direito penal tem influência alemã e italiana (que nos presta)

    O direito constitucional tem um desenvolvimento espanhol, alemão e austríaco (praticamente alemão não é mesmo). Nunca esquecendo dos americanos e ingleses, agora.

    O direito processual tem uma vinculação latina muito forte.

    Então, depende.

    Para alguém que não tem origem alemã, o alemão é muito complexo, ainda mais na linguagem jurídica. Pessoalmente, sabendo alemão desde criança, tive dificuldades com o alemão jurídico. Então seria uma aventura à parte.

    O espanhol e o italiano, em minha modesta opinião, são desnecessários. Isso porque nada que um dicionário não torne compreensível.

    Restaria o francês. Dependendo do direito que resolva aprofundar pode ser útil. Francamente, nunca me aventurei pela lingua pra saber.

    O inglês, bom, tal e qual exposto pelo colega Fernando, parece ser realmente inútil, a não ser quando se trata de direito constitucional. Isso porque é o único direito flexível o bastante para aceitar, às vezes, as inovações do direito costumeiro.

    Ajudando ou não, espero ter ao menos contribuido.
    Bruno Bandeira curtiu isso.
  6. Stealt

    Stealt Em análise

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    Olá Will, tudo bem?

    Olha só, na minha opinião, a língua que você realmente mais deverá dominar na sua futura advocacia será, sem sombra de dúvidas, o...... português. Isso mesmo, a boa e velha língua portuguesa.

    Não fique bravo comigo e não leve como ofensa, mas acho que antes de pensar em querer aprender uma língua estrangeira ligada ao direito (e para tanto você deverá efetivamente dominá-la, pois caso contrário, os textos estrangeiros lhe parecerão "grego"), creio que o que falta, e MUITO aos nossos estudantes e profissionais do ramo é o domínio do vernáculo.

    Canso de me deparar com peças processuais mal escritas, prolixas, cheia de latinismos desnecessários, linguagem pretensamente rebuscada, sendo difícil achar um texto limpo, claro e elegante.

    Dá a impressão de que o advogado pensa ser um suposto proprietário da língua, o qual a usa a seu bel prazer, e ai de quem questiona sua suposta retórica redacional.

    Assim, para começo de conversa, leia muita doutrina nacional de qualidade. Paralelamente, escreva, e bastante, não só no teclado, mas à mão (tem advogado que passa vergonha sem o corretor do word).

    E quando não quiser ler doutrina jurídica, leia romances obras de autores consagrados nacionais e estrangeiros. Nesses últimos, em traduções de qualidade (escolha principalmente edições mais antigas, que possuem maior fidelidade e qualidade nas traduções, mantendo-se mais fiéis aos originais).

    E de quebra, passo os olhos sempre que puder na gramática do professor Bechara ou do Cegalla.

    De resto, é só praticar.

    Em desfecho, boa sorte em seu objetivo em aprender novas línguas, sempre lembrando que o inglês é básico, o espanhol necessário e outra língua um diferencial.

    E mais importantes do que usadas para ler obras estrangeiras, serão para que você consiga uma boa colocação no mercado de trabalho, que não está nada fácil.

    Abraços!

    Gustavo
  7. SB Associados

    SB Associados Membro Pleno

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    No mínimo saiba todas!!
  8. DeFarias

    DeFarias Membro Pleno

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    Embora se diga que o nosso sistema deriva do direito romano, e o do common law não, a verdade é que o direito anglo-saxão está muito mais próximo do modelo romano do que o nosso. Isso porque, em Roma, o direito era quase que exclusivamente casuístico, diferentemente da nossa tradição.

    Fernando Zimmermann curtiu isso.
  9. Intus Legere

    Intus Legere Em análise

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    É... eu só posso lhe assegurar que o inglês não vai ajudar muito, dadas certas diferenças na construção jurídica dos países de língua inglesa e dos outros países latinos e europeus.

    Provavelmente o francês seria a melhor escolha, em minha opinião.
  10. A. Decio R. Guerreiro

    A. Decio R. Guerreiro Membro Pleno

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    WILLGARDNER

    Preliminarmente, boa noite para você. Gostaria de posicionar que concordo plenamente com o colega Gustavo. A lingua portuguesa, tão aviltada e despresada em nossos meios jurídicos é a primeira a receber a atenção de qualquer causídico que queira ter sucesso nos tribunais pátrios.
    Meu conselho de 30 anos de labuta no direito é de que você cuide bem de aprender o protugues e as expressões latinas, embora estas últimas sejam um pouco de exibicionismo.
    Sou um advogado que considero prático. Uso mais a linguagem comercial do que a jurídica. Ja recebi de um juiz a observação de que "o doutor é bastante prático e direto" por não usar a verborragia jurídica.
    Portanto, meu futuro colega, estude bastante o portugues. Depois, caso seja necessário, a vida lhe dirá qual a melhor língua para aprender.

    Abraços

    Decio Guerreiro.
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