Senadores Propõem Divisão Dos Royalties Apenas Entre Estados E Municípios

Discussão em 'Direito Constitucional' iniciado por Ribeiro Júnior, 30 de Março de 2010.

  1. Ribeiro Júnior

    Ribeiro Júnior Membro Pleno

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    Os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Renato Casagrande (PSB-ES) apresentaram na tarde desta terça-feira (30) à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) uma emenda ao projeto que cria o regime de partilha para exploração do pré-sal e estabelece novos critérios para distribuição dos royalties do petróleo. De acordo com a proposta, os royalties, que pelo regime atual são divididos entre União, Estados e municípios produtores (que recebem a maior parte) e Estados e municípios não-produtores, iriam apenas para Estados e municípios (tanto os produtores quanto não-produtores).

    Pela emenda, que se refere apenas às áreas ainda não licitadas, a parcela destinada à União (6,5%) seria convertida num Fundo Especial a ser distribuído entre Estados, Distrito Federal e municípios (5%). Uma pequena parcela seria destinada também ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para o desenvolvimento de pesquisas destinadas à indústria do petróleo, e outra parte constituiria um fundo de combate às mudanças climáticas e proteção ao ambiente marinho. Dessa forma, os lucros da União se restringiriam ao pagamento em petróleo pelas empresas exploradoras.

    A emenda também estabelece as formas de aplicação dos recursos obtidos pela venda do petróleo: 55% iria para a constituição do Fundo Social, 21,5% para os Estados e o Distrito Federal, de acordo com o FPE (Fundo de Participação dos Estados), e 23% para os municípios, de acordo com o FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

    Após serem aprovados na Câmara dos Deputados, os projetos do pré-sal foram encaminhados ao Senado. A questão mais polêmica é a chamada emenda Ibsen. A emenda, proposta pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), propõe a divisão igualitária dos recursos do petróleo entre Estados e municípios, independente do local de produção. Atualmente, os Estados produtores detém a maior parte dos royalties. A aprovação da emenda gerou forte reação entre os Estados que produzem petróleo, principalmente o Rio de Janeiro.

    Nesta terça-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, se manifestou sobre a discussão. Ele afirmou que considera a atual divisão dos royalties injusta, assim como é contrário às novas regras da emenda Ibsen.

    "É bom lembrar que o royalty ocorre como pagamento de um produto que vai se exaurir em determinada localidade. Então, é necessário que aquela localidade tenha um recurso maior do que outras", afirmou Gabrielli durante evento em São Paulo.

    Por outro lado, o presidente da estatal apontou que considera injusta a situação do Rio de Janeiro, que recebe R$ 7,5 bilhões a partir dos royalties do petróleo, enquanto o Estado da Bahia fica com apenas R$ 246 milhões por ano.

    "Como esses recursos pertencem à União, também pertencem ao governo federal, aos Estados e aos municípios. Portanto, devem ser melhor distribuídos." Gabrielli observou que, para a Petrobras, a discussão em torno da distribuição dos royalties é "indiferente", visto que a empresa continuará pagando as taxas pela exploração do petróleo ao Tesouro Nacional.


    FONTE: UOL Notícias.
  2. IRON LAW

    IRON LAW Membro Pleno

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    Eu ia postar a respeito no tópico
    http://www.forumjuridico.org/topic/9468-royalties-do-petroleo-e-bens-da-uniao-como-um-todo/

    Não entendi porque a mensagem acima não foi colocada lá. Não é recomendável a não abertura de tópicos com discussões idênticas?
  3. Fernando Zimmermann

    Fernando Zimmermann Administrador

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    Este tópico trata especificamente da movimentação relatada na notícia, e não há qualquer impedimento na criação de tópicos dessa forma.

    Por favor, não vamos pegar uma tangente para debater se tudo deveria ser ou não unificado.
  4. IRON LAW

    IRON LAW Membro Pleno

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    Eu acho que deveria ser colocado no tópico criado por mim. Como eu disse, eu mesmo ia fazer isso. Mas atenderei a sua orientação e não levantarei qualquer polêmica a respeito. Caso encerrado.
    Abraços.
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