Eu estou tentando montar um protesto bem embasado contra a proliferação desenfreada de favelas no Rio. Estou juntando fotos recentes e de anos atrás para mostrar como as autoridades vêm se mantendo completamente inertes diante do problema. Eu sou o tipo de cidadão que não fica parado. Estou sempre reclamando e fazendo requerimentos ao Poder Público. Assim que surgiu, por exemplo, a comunidade sobre o Cemitério São João Batista, em Botafogo, liguei para a prefeitura e clamei por uma atitude oficial. Resposta da atendente: “por enquanto, não podemos fazer nada. Onde aquelas pessoas vão morar?” De lá para cá, a tal favela já se juntou com a dos Tabajaras, em Copacabana, formando um mini-complexo. Realmente revoltante! Em minha coleta de dados na internet, acabei me deparando com um site ABSOLUTAMENTE INCRÍVEL. E é esse o motivo do tópico. Não faço a menor ideia de qual técnica revolucionária utilizaram para fazer as imagens, mas fato é que você gira por diversos locais em 360 graus. Não simplesmente na horizontal, mas também na vertical, formando uma esfera completa! Genial!!! Pela primeira vez vejo fotos que remetem ao lugar de verdade! É como se você estivesse mesmo nos cenários fotografados, com total comando para virar para qualquer direção. Na imagem da Barra, você se depara com o fotógrafo no helicóptero ao girá-la. Realmente não dá para entender como ele fez isso. Mas é deslumbrante!!! Ah, e dá para dar zoom também! Quem quiser conferir: (obs.: usuários de computadores com baixa capacidade de processamento talvez não consigam desfrutar do site. Uma pena!) http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://bp0.blogger.com/_s7FPB74ixjM/Rg3Vb6L-7xI/AAAAAAAABsI/c7i6Y0bY4Ro/s320/morro%2Bdois%2Birm%C3%A3os%2Be%2Bpedra%2Bda%2Bgavea.jpg&imgrefurl=http://fotosmaravilhosas.blogspot.com/&usg=__3TScls-qGnnTvSh7zm-i89sDYaY=&h=234&w=320&sz=27&hl=pt-BR&start=10&itbs=1&tbnid=qYvdmyr0ihzV-M:&tbnh=86&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dmorro%2Bdois%2Birm%25C3%25A3os%2Brio%2Bantigo%26hl%3Dpt-BR%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1
Irow, Muito legal! mas... não esqueça de incluir os descendentes da família real que ainda moram no Rio em seu rol de protesto... De... onde tudo começou....rsrsrs
Eu havia falado a respeito da favela formada sobre o Cemitério São João Batista, em Botafogo, e hoje vi no Jornal Nacional que ela será removida. Pelo jeito, os meus apelos e os dos moradores locais precisaram ser respaldados por uma tragédia para serem finalmente atendidos. Uma história não oficial sobre o surgimento dessa favela: os primeiros barracos foram construídos no local por especuladores, que os alugaram para pessoas pobres que queriam morar perto do trabalho. A partir dessa célula inicial, outros sentiram-se à vontade para ocupar o morro. De fato, os “negros forros” foram um dos precursores das favelas cariocas. Mas cada grupo elege um bode expiatório para a favelização da cidade. Os cariocas mais idosos, por exemplo, costumam culpar (com certa razão) os imigrantes nordestinos. Mas as proporções dantescas a que chegou o problema têm causas muito mais profundas. E todos têm sua parcela de responsabilidade pela situação. Recentemente, a expressão “construção em área de risco” vem sendo muito utilizada pela mídia e pelas autoridades, como se apenas os barracos dependurados em algum precipício ou erguidos sobre encostas ambulantes fossem perigosos. Na verdade, todas as casas de favela são um risco em tese, pois não são construídas por profissionais habilitados. Aliás, vejam que baita loucura é essa coisa de favela: 1- Um cidadão chega do nada e ocupa uma área pública (não raro, de proteção ambiental) – nada lhe acontece por essa afronta à lei 2- Em seguida, ele ergue uma construção sem obedecer nenhum dos requisitos legais para tal – e nada lhe acontece por essa afronta à lei 3- Feita a obra ilegal, ele passa a residir sem “habite-se” - e nada lhe acontece por essa afronta à lei 4- Passado um tempo, os cidadãos que invadiram terrenos públicos e construíram de forma absolutamente irregular sentem-se no direito de cobrar serviços públicos das autoridades – e o Poder Público, em vez de removê-los, investe milhões em urbanização do local invadido e releva por completo o fato daquelas pessoas habitarem casas construídas de forma mambembe e contrária à lei 5- Passado mais um tempo, parte desses cidadãos vem abaixo com suas casas – e o Poder Público exclama espantado: “Puxa, eu não sabia que isso poderia acontecer” Uma observação: a Veja (se não me engano) levantou uma questão interessante: por que o Poder Público, em vez de investir milhões em uma comunidade que nem deveria existir, não aplica esse dinheiro para dar moradias dignas aos favelados? Um exemplo: segundo as contas feitas pela revista, o dinheiro aplicado recentemente na Favela Dona Marta, em Botafogo, daria para comprar um apartamento na Tijuca, tradicional bairro carioca de classe média, para cada família da comunidade. Dá pra entender? Não posso deixar de me irritar com isso.
Pois é, Iron... e uns ainda ganham o título de propriedade (acho até que é aí no Rio, mas não tenho certeza)... Enquanto isso nós pagamos IPTU (já já terei que vender a casa para pagá-lo). Trabalhador sem ter o que comer, preso recebendo marmita enquanto seus filhos recebem auxílio-reclusão... Invasor de terra com direito à aposentadoria (invadem a terra - pública ou privada - e podem contar o tempo da invasão como tempo de serviço)... Figurante que não sabe nadar passando horas no rio e família indenizada por acidente de trabalho.... Melhor mesmo você não contar tudo que sabe sobre o caso da Daniela Perez...Sabe como é, né, você é um sujeito que ao que tudo indica anda dentro da Lei... é melhor não arriscar...
É, Fabiana... O Eduardo Paes andou distribuindo títulos de propriedade para moradores do Chapéu Mangueira e do Babilônia, ambos no Leme. Isso, para mim, é a institucionalização do absurdo. Mas os governantes preferem essa saída para se eximirem de trabalhosas políticas de habitação e para não queimarem o filme perante os moradores de morro, que, dizem, já são 1/3 da população carioca. De minha parte, aliás, acho esse número meio baixo. Quem sustenta o país e paga o grosso dos impostos é a classe média. Veja esse caso: um rapaz fez um trabalho de pintura aqui em casa e, ao terminar, me fez a seguinte proposta: trocar o meu ar-condicionado “velho” com o recém-comprado dele. Motivo: embora os dois aparelhos sejam de 7.000 BTUs, o meu tem o compressor mais robusto, o que o faria consumir mais energia. Como o rapaz mora em uma favela, não gastando nada com energia, para ele tanto faz gastar mais ou menos luz. O importante é apenas a eficiência e a resistência do aparelho. É claro que não troquei. Mas fica a pergunta: se ele não paga a luz que gasta, quem arca com essa conta? O cidadão de classe média que descumpre a lei só leva trauletada na cabeça. Então é bom a seguirmos direitinho. Se eu soubesse mesmo algo de concreto sobre o caso Daniela, acho que o Fernando não ia me deixar falar. Afinal, ele é o responsável pelo site e seria o primeiro a sambar. Se bem que, no final, eu acabaria dançando nesse bloco também.
Ah não ! O Dr Fernando não pode ser preso... já combinamos que se um dia eu for presa ele levará cigarros para mim na cadeia....rs Melhor você não contar nada... Eu e o Dr Ribeiro Júnior temos um projeto de fazer concorrência com a Mae Dinah... espere mais um pouco e não revele tudo que você sabe... talvez possamos fazer alguma espécie de parceria...rs Bom, já que ninguém vai contar o que sabe e que todo mundo aqui é classe média e "periga" ser todo mundo preso, melhor voltarmos para o debate jurídico...deve de ter alguma coisa para qual a Lei ainda funcione....
