Antes, parabéns à todos pelo fórum. Depois que li um pouco nele, fiz meu cadastro pra poder participar.
Sou estudante de Direito e estou no segundo período.
Uma dúvida que tenho, é em relação ao curso de língua estrangeira que devo fazer.
Alguma me ajudaria com estudos no Direito, digo no sentido de que alguns livros não sejam
traduzidos e seja necessário a leitura dele. Em que língua estão os melhores livros?
Conto com opinião de vocês.
Abraço.
?
Qual língua a mais?
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Francês
0 voto(s)0.0% -
Inglês
2 voto(s)28.6% -
Italiano
3 voto(s)42.9% -
Alemão
1 voto(s)14.3% -
Outra.
1 voto(s)14.3%
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Basicamente, seria interessante saber alemão, italiano, francês e espanhol. Sendo que nesta última, os termos jurídicos são bem semelhantes com o português.
Boa sorte!Bruno Bandeira curtiu isso. -
Toda a teoria do Direito divide-se basicamente em duas correntes: o Common Law, de origem anglo-saxônica, onde os precedentes têm papel de destaque como fonte do Direito; e o Direito Romano-Germânico, onde a lei tem papel de destaque e a jurisprudência é relegada a um segundo plano entre as fontes do Direito.
O Brasil adota o sistema Romano-Germânico, razão pela qual, no Direito comparado, as principais obras encontram-se originariamente em alemão, italiano e espanhol.
Sobre inglês, posso lhe falar de minha experiência. Sou fluente no idioma, e nunca tive que utilizar este conhecimento na área jurídica, de maneira que não recomendo o estudo dessa língua como auxiliar no estudo do Direito.
Em razão do Mercosul, por se tratar da segunda língua mais falada do mundo, e por haver muita publicação jurídica no idioma, escolheria espanhol.Daniel Bronzi e Bruno Bandeira curtiram isso. -
Agradeço pelas respostas.
Fernando Zimmermann, falou sobre um assunto que é o que tava querendo saber dos usuários aqui. Do inglês.
Vai pesquisar sobre línguas todos falam e tudo leva pro lado do Inglês.
A principal dúvida é o quanto ele poderia me ajudar, mas pelo visto não teria uma função grande na área jurídica.
Já que a finalidade da segunda língua é pra ajudar no curso de Direito.
Estou quase decidido entre Espanhol e Italiano. O motivo do Italiano é o seguinte, tenho parentes na Suíça e o namorado
de uma parente faz Direito na Italia. Eu faria Italiano pra um intercâmbio, já que tenho onde ficar e também tenho conhecido
que estuda na área.
Mas, vamos ver outras opiniões. -
Primeiro, uma pequena correção ao meu colega Fernando Zimmermann que descobri ser equívoco apenas recentemente.
Nosso direito é bizantino-germânico, muito embora em nossas cadeiras universitárias costumemos dizer romano-germânica.
Quanto à lingua, veja bem, depende.
O direito administrativo tem uma grande tendência francesa e italiana. Inglesa e americana nem pensar.
O direito civil tem uma grande tendencia alemã e inglesa (ao meu ver)
O direito penal tem influência alemã e italiana (que nos presta)
O direito constitucional tem um desenvolvimento espanhol, alemão e austríaco (praticamente alemão não é mesmo). Nunca esquecendo dos americanos e ingleses, agora.
O direito processual tem uma vinculação latina muito forte.
Então, depende.
Para alguém que não tem origem alemã, o alemão é muito complexo, ainda mais na linguagem jurídica. Pessoalmente, sabendo alemão desde criança, tive dificuldades com o alemão jurídico. Então seria uma aventura à parte.
O espanhol e o italiano, em minha modesta opinião, são desnecessários. Isso porque nada que um dicionário não torne compreensível.
Restaria o francês. Dependendo do direito que resolva aprofundar pode ser útil. Francamente, nunca me aventurei pela lingua pra saber.
O inglês, bom, tal e qual exposto pelo colega Fernando, parece ser realmente inútil, a não ser quando se trata de direito constitucional. Isso porque é o único direito flexível o bastante para aceitar, às vezes, as inovações do direito costumeiro.
Ajudando ou não, espero ter ao menos contribuido.Bruno Bandeira curtiu isso. -
Olha só, na minha opinião, a língua que você realmente mais deverá dominar na sua futura advocacia será, sem sombra de dúvidas, o...... português. Isso mesmo, a boa e velha língua portuguesa.
Não fique bravo comigo e não leve como ofensa, mas acho que antes de pensar em querer aprender uma língua estrangeira ligada ao direito (e para tanto você deverá efetivamente dominá-la, pois caso contrário, os textos estrangeiros lhe parecerão "grego"), creio que o que falta, e MUITO aos nossos estudantes e profissionais do ramo é o domínio do vernáculo.
Canso de me deparar com peças processuais mal escritas, prolixas, cheia de latinismos desnecessários, linguagem pretensamente rebuscada, sendo difícil achar um texto limpo, claro e elegante.
Dá a impressão de que o advogado pensa ser um suposto proprietário da língua, o qual a usa a seu bel prazer, e ai de quem questiona sua suposta retórica redacional.
Assim, para começo de conversa, leia muita doutrina nacional de qualidade. Paralelamente, escreva, e bastante, não só no teclado, mas à mão (tem advogado que passa vergonha sem o corretor do word).
E quando não quiser ler doutrina jurídica, leia romances obras de autores consagrados nacionais e estrangeiros. Nesses últimos, em traduções de qualidade (escolha principalmente edições mais antigas, que possuem maior fidelidade e qualidade nas traduções, mantendo-se mais fiéis aos originais).
E de quebra, passo os olhos sempre que puder na gramática do professor Bechara ou do Cegalla.
De resto, é só praticar.
Em desfecho, boa sorte em seu objetivo em aprender novas línguas, sempre lembrando que o inglês é básico, o espanhol necessário e outra língua um diferencial.
E mais importantes do que usadas para ler obras estrangeiras, serão para que você consiga uma boa colocação no mercado de trabalho, que não está nada fácil.
Abraços!
Gustavo -
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Embora se diga que o nosso sistema deriva do direito romano, e o do common law não, a verdade é que o direito anglo-saxão está muito mais próximo do modelo romano do que o nosso. Isso porque, em Roma, o direito era quase que exclusivamente casuístico, diferentemente da nossa tradição.
Fernando Zimmermann curtiu isso. -
É... eu só posso lhe assegurar que o inglês não vai ajudar muito, dadas certas diferenças na construção jurídica dos países de língua inglesa e dos outros países latinos e europeus.
Provavelmente o francês seria a melhor escolha, em minha opinião. -
Preliminarmente, boa noite para você. Gostaria de posicionar que concordo plenamente com o colega Gustavo. A lingua portuguesa, tão aviltada e despresada em nossos meios jurídicos é a primeira a receber a atenção de qualquer causídico que queira ter sucesso nos tribunais pátrios.
Meu conselho de 30 anos de labuta no direito é de que você cuide bem de aprender o protugues e as expressões latinas, embora estas últimas sejam um pouco de exibicionismo.
Sou um advogado que considero prático. Uso mais a linguagem comercial do que a jurídica. Ja recebi de um juiz a observação de que "o doutor é bastante prático e direto" por não usar a verborragia jurídica.
Portanto, meu futuro colega, estude bastante o portugues. Depois, caso seja necessário, a vida lhe dirá qual a melhor língua para aprender.
Abraços
Decio Guerreiro.
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